Morreu Romesh Chandra, <br>destacado lutador da paz

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Aos 97 anos, faleceu em Mumbai (Bombaim), a 4 de Julho, Romesh Chandra. Comunista, foi um destacado dirigente do movimento mundial da paz e combatente da emancipação dos povos. O Conselho Mundial da Paz (CMP) prestou-lhe homenagem. Foi um genuíno filho do movimento operário indiano e um dos líderes do movimento mundial da paz. É exemplo de «um internacionalista que nunca comprometeu a sua identidade revolucionária e os seus valores». Assim se refere o CMP a Romesh Chandra, em nota publicada no dia da sua morte. «Para todos os combatentes da paz e justiça social que tiveram o privilégio de o conhecer e de com ele trabalhar na longa e difícil mas bela luta por um mundo livre da dominação imperialista, ele será recordado como uma personalidade extraordinária, dirigente do movimento mundial da paz», sublinha o comunicado.

Romesh Chandra nasceu em 1919 na Índia. Estudou nas universidades de Lahore e Cambridge. Dirigente estudantil, entrou para o Partido Comunista da Índia (PCI) com 20 anos, tendo ali assumido altas responsabilidades ao longo de três décadas. Entre 1963 e 1966 foi editor do órgão central partidário.

Activista da paz na Índia, participou no CMP desde 1953. Em 1966 tornou-se secretário-geral deste movimento e 1977 foi eleito presidente, responsabilidade que assumiu até 1990. Depois do 25 de Abril de 1974, Romesh Chandra visitou Portugal em diversas ocasiões.

CPPC manifesta pesar

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), a propósito do desaparecimento de Romesh Chandra, expressou pesar e dirigiu pêsames à sua família, aos seus amigos e ao movimento da paz indiano.

«De Romesh Chandra, activista e líder do movimento pela Paz na Índia, assim como do Conselho Mundial pela Paz, de que foi prestigiado Presidente, recordaremos sempre a dedicação de toda uma vida à causa da Paz, do desarmamento, da amizade e cooperação entre os povos, da solidariedade com a luta dos povos vítimas da agressão, da opressão e da guerra imperialistas, do fortalecimento do movimento pela Paz e da solidariedade no mundo», escreve em comunicado a Direcção Nacional do CPPC.

E mais: «Não nos esquecemos, tão pouco, da solidariedade que sempre demonstrou para com a luta do povo português contra a ditadura fascista que o oprimiu durante 48 anos e para com a luta dos povos das antigas colónias portuguesas pela conquista da sua independência, ambas intimamente ligadas».

Para o CPPC, «se com o falecimento de Romesh Chandra desaparece um combatente determinado pela paz, a luta a que dedicou o melhor das suas energias e capacidades prossegue hoje, num momento carregado de perigos e ameaças, mas também de potencialidades para o progresso da luta pela emancipação social e nacional dos povos». Continuar essa luta e alargá-la «é a melhor homenagem que lhe podemos fazer».




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